30- Capítulo

_No começo não, mas confesso que com o decorrer dos preparativos comecei a apreciar os detalhes, eu queria tudo simples, mas lindo.

_Imagino a decepção da sua mãe por não te ver casar de branco pura e virgem como manda o decoro.

_Sai dessa Madre, hoje em dia não tem isso mais não e minha mãe não era da idade da pedra né.

_Santo Deus que desgosto vocês jovens me dão.

As semanas que se seguiram foram uma correria só, mamãe, dinda e a Ykary foram comigo escolher o vestido de noiva infelizmente devido o bucho eu não iria poder usar o vestido que foi da minha vó uma pena eu sempre desejei casar com ele mais fazer o que né.

Eu decidi escolher um modelo que não mostrasse as evidencias optei pelo, mas simples que encontrei embora elas achassem simples demais, bom eu não tinha muitas escolhas e também não queria nada me apertando já bastava o aperto que eu estava sentindo no peito, foi difícil escolher  então a estilista me disse que faria o melhor possível para agradar todas nós, eu resolvi confiar nela e me tranquilizei.

A Ykary também me ajudou a escolher as flores da Igreja e o modelo do buque, foi muito complicado decidi a tonalidade eu nunca ajudei a organizar casamento nem fui a muitos para ter uma base então escolhi algo que combinasse com o momento que eu estava vivendo.

O Dilan também foi bem participativo nos preparativos ele parecia mais entusiasmado que eu, ele me levou na melhor confeitaria da cidade para experimentar os bolos, foi outro dilema não conseguia decidir  entre morango ou pêssego era um sabor mais esplêndido do que o outro e os modelos lindos demais.

E finalmente fomos marcar a data do casamento, deu aquele friozinho na barriga, mas era tarde para voltar atrás então o jeito foi seguir em frente e esperar as surpresas que só a vida pode nós dar.

Depois da data marcada chegou a hora de escrever os convites seriam poucos convidados porem acabei ficando de saco cheio ainda bem a minha amiga estava lá para me ajudar.

Aproveitei também para fazer um checape e saber como estava a minha saúde e claro ter certeza de que realmente eu estava esperando um bebê, era só um botãozinho, pois eu estava com 7 semanas apenas ao ouvir o coraçãozinho bater minha fixa caiu eu nem combinei com o Dilan no fundo eu tinha medo de não estar realmente gravida pois eu continuava não lembrando da concepção mas a prova estava ali naquela tela eu iria mesmo ser mãe e nesse momento eu comecei a ver minha vida com outros olhos um fio de esperança começou a crescer em mim comecei a entender meus pais e decidi proteger meu bebê a qualquer custo ele poderia não ser planejado mais seria muito amado e mimado.

As outras semanas passaram depressa e faltava um mês para o casamento, então tomei coragem e fui falar com o chefe geral do Hospital, contei pra ele que teria que deixar o trabalho por motivos pessoais foi uma difícil decisão, mas naqueles últimos meses nada fora fácil, então ergui a cabeça e encarei a realidade eu iria sentir falta de todos ali, mas uma nova etapa estava me aguardando.

Eu sai tão distraída da sala de diretoria, que nem percebi a correria que estava no hospital só me dei conta quando senti uma mão agarrar meu braço e ouvi uma voz muito fraca chamar por mim.